Site Oficial - Ivald Granato
returne

Outubro/ 2003

COMUNICADO

O inflável. London. Rever Marcelo Nitche – argumento – espetáculo em negociar. Não teve delícia de aproveitamento. Como adianta o Aguilar, os mecanismos de cultura estão desastrosos. Nossos curadores ficaram recebendo catálogos, registros, sentados, vendo: vacilaram. Estão fazendo história de acomodações como, por exemplo, “estou aqui, talvez lá outrora”. Mecanismos de sabedoria e visões de décadas estão proliferados. Senhora nenhuma viveu as distâncias perigosas dos conceitos próximos. Mas tudo é convincente. Como falar os 40 anos, as décadas, os tempos. Porra! Essas pessoas não conhecem os espetáculos de perto. Seu máximo foi se aproximar de uma cadeira de executiva no jato, e pensar em 22. Balbuciar inglês e, finalmente, estar atento às sobremesas. Imagino isso, ao envelhecer, isto é 54 anos, 30 em São Paulo. Cidade Venenosa. Passa pela minha frente uma porção de personagens, que fazem a determinada definição das décadas ou tiram conclusssssssssssssssões com dinheiro público, estando convictos de estar explicando tudo. Pense bem, falando em termos pessoais, meu filho mais novo tem 22 anos. Sei que ele sabe que sou mais velho. Sabe que faço arte, ele também faz arte. Vivemos juntos, mas ele nunca desvalorizou meu ato de criar. Pois bem, nunca foi tão destrutivo, nem no tempo do fascismo, esta relíquia de senhoras e garotos simpáticos às regalias exageradas de contar como é a vida. Esse envelhecimento precoce estúpido tira o mistério da vida. Aqui, parece que as pessoas sabem tudo, o marginal é herói, a linguagem, a retrospectiva é o alvo, o editor quer definir tudo, tudo parece como se definisse no social. Tudo bem, nada contra. Tenho medo é de notar que o medo da morte é extraordinário e o fascínio pelo óbvio é sistemático. Não reclamo, mas observo no espaço de exercício. Como arte, poucos gostam e muitos estão. Nada contra, mas no meu caso serei egoísta.

Ivald Granato é artista plástico, performático, pragmático, contestador e egocêntrico.