CATALOGO DE ARTISTAS


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A.Rosalino
contato

Brasil
"A expressão naif - ingênuo em francês - designa uma manifestação artística realizada por pintores originários das camadas populares, autodidatas, sem formação acad~emica ou erudita, que exerciam pequenos ofícios ou eram pequenos funcionários. Os naifs utilizam a bidimensionalidade e a composição plana, nãn obedecendo às regras do cânone renascentista relativas a dimensão, volume e proporções narurais. Sua figura mais significativa Foi o pinror Henri Kousseau (1844-1910), funcionário da alfândega em Paris, apcnas amplamente reconhecido após sua morte. No século 20, a revolução estética deflagrada pelo Surrealismo e pelo Cubismo rompe com as regras renascentistas e pintorcs eruditos como Klee, Miró e Chagall utiliram-se de elementos da pintura naif em sua obras, integrado a linguagem naif à corrente da arte moderna. No Brasil, o naif é uma manifestação posterior aos anos 1940, destacando-se Djanira (em sua primeira fase), cardosinho, Pedro Paulo Leal, Júlio Martins da Silva e José Antônio da Silva, sendo que Guignard e Cicero Dias Foram influenciados por elementos dessa linguagem.
(Cf. Leite, in: LIRISMO, 1998.)"



PRIMITIVO OU ARTE NAÏF

( Críticas recebidas )


GÊNERO:

"O gênero Primitivo explora temas de cultura popular e difere-se do erudito, justamente, porque não trabalha com conceitos intelectualizados de arte e natureza estabelecidos pela cultura ocidental.

As idéias do artista que optaram por este segmento é utilizar elementos de sua terra, raízes do seu país, o cotidiano das pessoas.

As cores fortes e traços figurativos expostos nos quadros do artista primitivo se aliam à liberdade de expressão que ele imprime na tela, reinaugurando o cosmos diante dos olhos do observador que vê, instaurada, a vitalidade entre o sagrado e o lúdico. Na arte primitiva, a interpretação está aberta a múltiplas visões do mundo.

Como a temática central deste gênero recai sobre a arte popular, nas relações do cotidiano, e do imaginário popular, se torna clara a proposta de celebrar a vida em suas múltiplas imagens, através do movimento, da cor e da luminosidade impressos nos quadros."

Lélia Coelho Frota
crítica de arte
Jornal Pró-Música ( Juiz de Fora MG)


MISSÃO:

"É perpetuar os valores culturais do povo brasileiro, relatando de modo particular as cores, as pessoas, os lugares, os folguedos, os santos, as procissões, o realismo do cotidiano simples e puro, das festas folclóricas."

Mari´Stela Tristão
crítica de arte
Membro da AICA e ABCA


"A obra pictória deste NAÏF é caracterizada pela pesquisa de motivos históricos-sociais que são reinterpretados pela temática, pela técnica, bem como a liberdade de criação permitida aos primitivistas e ingênuos. Talento e sensibilidade são um must no conjunto do jovem artista. Além disso, ele nos remete aos conhecidos do gênero ... , passando a integrar o elenco dos principais primitivistas mineiros."

Morgan da Motta
crítico de arte
Membro da ABCA e AICA


"Alexandre Rosalino, é um artista popular, desprovido das metodologias da erudição, ou seja, que tem um trabalho livre, preocupado com a verdade de suas propostas, de seus sentimentos, de sua emoção. Além de ser, ele próprio, um artista popular, Alexandre tem esta característica também na temática de suas obras: enfocando a vida cotidiana, o folclore, as tradições populares do país.

Embora seja um artista ingênuo, Alexandre tem técnicas bem definidas, usa a cor e a divisão do espaço de forma vigorosa, recriando, assim, a luminosidade e o movimento tão presentes em nossa realidade e gerando perspectivas inovadoras, sugestivas. Seus quadros são alegres, de uma beleza extraordinariamente rara para um artista tão jovem - o que nos alerta para sua maturidade profissional. Sua obra nos convida à reflexão de nossa identidade cultural, de nossa vida e de nossos valores; além de nos fazer pensar sobre a própria Arte em si: no quanto a opção pela liberdade de técnicas pode contribuir para um trabalho profundamente comprometido com a emoção, sem deixar de ser rigorosamente comprometido com a qualidade."

Daniele T. Cordeiro
Museóloga

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ALEXANDRE ROSALINO
A ARTE DA VIDA


"A obra de Alexandre Rosalino é um convite ao conhecimento do mundo. De um que se revela parte de nós à medida que o reconhecemos através da sensibilidade e da reflexão.

As formas e cores, sons e movimentos presentes na obra do jovem artista ultrapassam os limites da regionalização, uma vez que são procedentes de ritos e modos de vida a um só tempo locais e universais.

São os ritos do homem na busca da compreensão de si mesmo e do outro. São os modos de organização da vida que nos permitem desenvolver e transmitir diferentes ordens de saber.

Alexandre Rosalino trata a realidade como força estimuladora de outras sensações. Diante de suas imagens temos o privilégio de sentir/pensar a realidade, mas cientes de que a mesma ganha contornos moldados pelas mãos do artista.

Aspecto comovente na obra de Alexandre Rosalino é a plena realização dos impulsos de vida -- ainda que, por vezes, as imagens sejam da diluição do homem e de seu mundo. Isto porque ao espírito jovem mais impressiona o existir das coisas do que a sua negação. É desse impulso que se nutre Alexandre Rosalino, compartilhando conosco o desafio de sobreviver às angústias maiores. Por isso, em seus quadros há conversas, gestos, músicas, danças, espaços enfeitados -- sinais, enfim, de quem busca e celebra a vida."

Juiz de Fora, inverno de 1998.

Edimilson de Almeida Pereira

Professor da UFJF, escritor e poeta. Membro da Comissão Mineira de Folclore.

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CASA, RUA & MUNDO DE A.ROSALINO
Cesar Baía *

O espaço é como o ar que respiramos. Sabemos que sem ar morremos, mas não vemos nem sentimos a atmosfera que nos nutre de força e vida. Para sentir o ar é preciso situar-se, meter-se numa certa perspectiva."
Roberto da Mata.


Ao entrar em contato com a obra pictórica de A.Rosalino, somos levados à uma viagem por um mundo repleto de sentimentos e emoções. Sentimos o artista plenamente situado nas imagens cotidianas reveladas por pessoas em ação, em movimento, gesticulando, conversando, cantando e dançando, tornando seus quadros uma janela aberta para a vida Esse situar-se, que o faz “ver” e “sentir” o mundo, nos levou a refletir sobre o ensaio “Casa, Rua & Outro Mundo: reflexões sobre espaço e sociedade”, de Roberto da Mata.(1)

A.Rosalino, nascido em Belo Horizonte, em 1972, nos conta que começou desenhando as histórias que seu pai contava sobre seus antepassados e relação dele com o congado, quando, ainda, menino, sua família foi morar em São Roque ( SP ). Nesta cidade do interior paulista, onde morou e estudou, até retornar a Belo Horizonte em 1992, conheceu o modo de vida de imigrantes italianos e japoneses, o que estimulou seu interesse pela busca das tradições de sua gente, presentes nas histórias contadas por seu pai.

O intenso convívio familiar durante a estadia em São Roque o marcou profundamente, levando-o a pensar sua arte como uma forma de mostrar as tradições dos tempos de seus avós, por medo de que as gerações mais novas não conheçam as coisas do Brasil, e assim as interpreta por meio da código da casa ou da família, apontado por Roberto da Mata, que é visceralmente vinculado a tradição. A tela “A Costureira”, sua mãe, é um exemplo claro dessa leitura, quando ele a traduz “costurando um pensamento”, num cenário fascinante, onde não falta nada do que se encontra numa casa simples de uma família do interior, incluindo a mistura dos ambientes.

O retorno de A.Rosalino à Belo Horizonte, sua cidade natal, foi marcado pela opção de não cursar a Faculdade de Medicina em São Paulo para ficar com seu pai, que contraíra uma doença terminal: “foi a melhor opção de minha vida”. Nesse momento, numa viagem à Bahia, conhece o Pelourinho que o encanta com sua gente e suas cores e decide que vai pintar a beleza daquelas imagens que seu olhar fotografara em sua retina. O olhar do artista acrescenta à interpretação do cotidiano o código da rua, “que está aberto ao legalismo jurídico, ao mercado, à história linear e ao progresso individualista”.(2)

Assim, A.Rosalino com suas telas, que são marcadas pela simplicidade, pelos detalhes das coisas que a gente vê acontecer todo dia mas não percebe, pela exuberância das cores, retrata os lugares, o prazer, a alegria e o trabalho de sua gente, como gosta de dizer.

Identificamos, ainda, um terceiro código, que Roberto da Mata aponta como o código do outro do mundo, “que focaliza a idéia de renúncia do mundo com suas dores e ilusões e, assim fazendo, tenta sintetizar os outros dois. Os três códigos são diferenciados mas nenhum deles é exclusivo o hegemônico. Na prática um deles pode ter a hegemonia sobre os outros, de acordo com a categoria social a qual a pessoa pertence.”(3)

De fato, A.Rosalino ora parece tender a tornar como hegemônico o código da rua ou da família, expondo forte influência familiar sobre seu trabalho quando pinta a casa como espaço do aconchego, do descanso, da solidariedade, ora toma o espaço da rua em cenas repletas de fluidez e movimento, com sua figuras humanas, casas, vilas, campos, festas folclóricas e populares.

De uma forma ou de outra, o que importa é que A.Rosalino, um autodidata que vai buscar a imagem e a “reinterpreta” com toda carga de seus sentimentos e que faz do “ouvir os mais velhos” uma das suas principais fontes de pesquisa, nos contempla com uma obra pictórica que encanta pela suavidade de seus traços e o conteúdo de suas cenas.

A arte, para A.Rosalino, tem sido um modo expressivo de viver tanto como processo de criação individual quanto como meio de compreensão da realidade social que o envolve.

O artista A.Rosalino afirma que: trabalha por um tipo de necessidade que o aflige mais imediatamente na medida em que retira da atividade pictórica os recursos de sua sustentação financeira. Porém, outra necessidade, de natureza ampla, o leva a ver a atividade artística como forma privilegiada de entendimento das representações humanas. Diante disso, o trabalho se revela para ele como um constante aprendizado. Aprendizado de sua individualidade e da individualidade do Outro Aprendizado das técnicas antigas e contemporâneas da pintura. Aprendizado da dinâmica que multiplica as linguagens através das quais os homens se comunicam. O ser artista, portanto, não lhe parece um estado a priori . Parece algo dinâmico, algo que está sendo construído no fluxo da experiências individuais e coletivas. Daí sua paixão pelo estudo, pela reflexão, pela elaboração dos sentimentos que pulsam como linguagem de seu tempo a serem aprendidas e multiplicadas.

Dessa forma, A.Rosalino, com apenas 27 anos, tornou-se um brilhante profissional, trabalhando com pintura a óleo sobre tela, recebeu significativos elogios de críticos importantes como Lélia Coelho Frota, Mari’Stela Tristão e Morgam da Motta e conquistou a mídia que consagrou um trabalho marcado pelo compromisso com o sentimento e a emoção e que prima pelo rigor do comprometimento com a qualidade.

Identificado como um pintor do gênero primitivo ou naïf (i), diz-se popular: “ minha função é pintar a alegria”. Assim é o mundo de A.Rosalino que, sem sombra de dúvida, pinta a poesia de viver.

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IMAGENS UNIVERSAIS DO PAÍS NATAL
Notas sobre a viagem pictórica de Alexandre Rosalino

Edimilson de Almeida Pereira * "Foi o que fizeram os modernistas, cujamensagem inicial básica era a de que não se podia falar sobre o Brasil sem ver o Brasil."
Richard M. Morse**


Uma das experiências contemporâneas mais fascinantes consiste na ampliação das possibilidades de deslocamento do sujeito no espaço. O ato de preparar e vivenciar as viagens adquiriu significados radicais na medida em que a própria noção de viagem pôde ser representada com diferentes perspectivas. Àquelas viagens reais e oníricas que remontam às auroras da humanidade somam-se, e se multiplicam, as viagens reais e virtuais colocadas à disposição dos indivíduos através das novas tecnologias.

A história se configurou com as ações de indivíduos que permaneceram em suas terras ou que, atraídos pela sedução da diferença, se lançaram para além das próprias fronteiras. Por um lado, a decisão de lançar-se interferiu nos campos de percepção do viajante: daí os conflitos daquele que retorna à aldeia e não a reconhece, ou que regressa apenas para admitir sua natureza de ser-do-mundo. Por outro lado, alterou-se a percepção que os não-viajantes tinham de seu antigo companheiro de aldeia: o ser-do-mundo passou a representar o canto da sereia que chama para o prazer da novidade e , simultaneamente, ameaça apagar nas águas do esquecimento a anterior identidade do homem da aldeia.

As viagens que conduziram o homem – solitário ou em caravanas – através de diferentes territórios, antes de se tornarem realidade, se desenharam como representações simbólicas. Ou seja, o sonho da viagem muitas vezes antecedeu a realização da viagem. Por isso, é expressiva a identificacão que se estabelece entre o sonhador e o viajante, de modo que é quase impossível pensar-se no viajante que não seja, acima de tudo, um sonhador.

Essas apreciações são oportunas quando se trata de pensar a obra pictórica de Alexandre Rosalino. A observação atenta de sua vivência revela, de imediato, a imagem do viajante que se empenha para levar sua arte a diferentes lugares e, sobretudo, que viaja aos lugares para transformá-los em fonte de sua criação. No primeiro caso, vemos o viajante que realizou exposições em algumas das regiões mais importantes do país: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo e Brasília (DF) conhecem, para admirar, as iluminações pictóricas de A.. Rosalino.

No segundo caso, que comentaremos detidamente, está a viagem do pintor ao seu país natal. Ao realizar esse percurso, A.. Rosalino desenvolve uma mirada especulativa para desvendar as possibilidades de sentidos que se escondem sob as teias do cotidiano. A partir disso, a mirada de A. Rosalino se torna múltipla, uma vez que reconhece os sentidos tradicionais da experiência de seu povo e os reinaugura, colocando-os em conexão com a contemporaneidade.

Essa viagem nos faz lembrar, sem dúvida, o projeto Modernista de 1922 na medida em que a redescoberta das fontes nacionais implicou, simultaneamente, um processo de atualização estética. A volta ao Brasil da primeira hora – identificado com os matizes das culturas populares – adquire uma significação maior se direcionada para os intercâmbios que evidenciem as relações estabelecidas entre o popular, o erudito e as culturas de massa ou, de outro modo, entre o tradicional e o contemporâneo.

O contexto e as intenções de A. Rosalino não se inserem inteiramente no projeto de 1922, mas dialogam com esse momento fundamental da cultura brasileira. Nas interferências do artista mineiro reencontramos o afã da pesquisa que resulta numa elaboração estética afinada com a liberdade de criação e com a elucidação de um Brasil antigo e moderno. Por isso, as telas de A. Rosalino não se apresentam como o retrato de uma realidade, mas como pontos de vista sobre uma realidade nacional múltipla. Daí o caráter dinâmico de sua pintura: aquilo que o olhar apreende durante a observação já é, simultaneamente, a proposta para a percepção de um outro sentido.

Uma vez mais é oportuna a comparação com técnicas adotadas em 1922, tal como percebemos na obra de Raul Bopp, em especial, na lógica construtiva de Cobra Norato. O poeta viaja para dentro de um país mítico e, no regresso, nos presenteia com a pluralidade de sentidos desse país que se reinaugura sob diferentes formas. As peculiaridades regionais e étnicas não se restringem ao sentido do regionalismo ou das representações indígenas, além disso, se resolvem no poema como campos de sentidos abertos e fechados, prontos para se conectarem com a realidade caleidoscópica da modernidade.

Por seu lado, a pintura de A. Rosalino propõe novos sentidos para o cotidiano que visita. As cenas de trabalho, lazer, celebração religiosa que pertencem ao universo da cultura popular permanecem ligadas ao seu contexto original mas, ao mesmo tempo, adquirem uma feição provocadora. A aparente ingenuidade dos traços e dos conteúdos das cenas é, de fato, uma aparência, o que constitui um aspecto fundamental no jogo de sentidos explícitos e implícitos articulado pelo artista.

Por conta disso, é interessante frisar que a noção de pintura ingênua ou espontânea -- como escola ou como ausência de preparo técnico para a execução da obra – não se casa com propriedade ao trabalho de A. Rosalino. Primeiro, porque as culturas populares – nas quais encontra uma de suas fontes criadoras – se organizam a partir de relações dinâmicas e bastante complexas, contrariando análises que as tomam como modelo menor ou assistemático. Segundo, porque o artista não se limita a fazer a mímese das culturas populares, pois a sua maneira de agir evidencia um processo dialógico de compreensão dos seus meios de criação e das fontes que o inspiram.

A. Rosalino é um artista à procura de uma linguagem que o caracterize como tal. Isso lhe permite estar diante das festas populares e dos afazeres cotidianos munido de um elemento essencial ao artista, ou seja, a liberdade para investigar os sentidos que permeiam a realidade. Ciente disso, o artista se converte em agente dentro da realidade, evitando o mero distanciamento do contemplador. O mergulho nas culturas populares é, portanto, uma opção de A. Rosalino na medida em que ele não busca apenas um repertório de temas, mas segue além, revelando-se como um investigador de procedimentos que lhe permitam abrir-se às provocações estéticas mais variadas.

Isso pode ser notado nas várias imagens do popular que perpassam as telas do artista. As cenas incluem os ritos afro-brasileiros e católicos – ressaltando o sincretismo que multiplica as feições estéticas desses eventos – , as situações de lazer e trabalho – evidenciando a faixa social dos personagens – e, o que é importante, a hibridação de todas essas cenas que fazem sobressair a interferência do artista no manuseio de cores, formas, efeitos de aproximação e distanciamento das cenas na tela.

Eis aí um traço expressivo das obras de A. Rosalino, ou seja, as imagens são articuladas como narrativas no espaço da tela. Narrativas ora lineares, ora fragmentadas, que insinuam a multiplicidade de vozes e de imagens acionadas pela mão criadora. Por isso, mesmo nas telas que apresentam pouco movimento é necessário estar alerta, pois um certo espírito macunaímico – que ainda não está de todo desperto em A . Rosalino – espreita, aguardando o instante de dar-se a ver através da subversão das linguagens. É o próprio artista quem prenuncia esse fato em sua obra, pois a insistente abordagem das celebrações religiosas demonstra a viabilidade das subversões que atuam no interior da Festa: aí se tocam, de maneira tensa, o sagrado e o profano, a pintura mimética e as provocações do experimentalismo.

A viagem de A. Rosalino ao seu país natal se realiza na perspectiva de abordar sentidos que possuem também um figuração universal. As formas, cores, sons e movimentos são índices de representações locais e, simultaneamente, ultrapassam esse paradigma na medida em que são representações universais das sociedades humanas. São, enfim, os ritos do homem na busca da compreensão de si mesmo, do Outro e do mundo em que se relacionam. São os modos de organização da vida – com suas múltiplas feições estéticas e ideológicas – que abrem aos indivíduos os caminhos para elaborar e transmitir diferentes ordens de saber.

Porém, o universalismo de A. Rosalino não se restringe à abordagem de temas que perpassam as diferentes sociedades. O modo como o artista vem elaborando a sua obra revela a intenção de construir uma linguagem pessoal que se dispoõe a ser reinterpretada pelos mais distintos olhares. Isso evidencia a preocupação em elaborar um percurso de trabalho que não esteja subordinado ao sentido apenas local de certas manifestações culturais. O artista apreende dessas manifestações os traços recorrentes em outras áreas e através de uma linguagem pictórica dialogante estimula os intercâmbios e as hibridações culturais.

Sob esse ponto de vista, a obra de A. Rosalino se oferece como um espetáculo vivo intimamente relacionado às fontes que o inspiraram, de maneira que o espectador é convidado a viajar tanto pela realidade social – recriada pelo artista – quanto pela sua trajetória de aperfeiçoamento técnico. Por isso, nos deparamos com uma obra que privilegia o conhecimento das culturas locais e a busca de um estilo pessoal mediante a perspectiva de renegociação dessa fronteira. Isto é, os sentidos das culturas locais e do estilo pessoal se realizam quando pensados no horizonte das diversidades culturais e das possibilidades de sentidos que os espectadores podem atribuir à obra de arte.

As referências aos aspectos locais e universais na obra de A. Rosalino interagem por iniciativa do artista, que se sabe um representante de certa vertente cultural e que se interessa em dialogar com outras instâncias culturais, bem como com os diversos elementos que constituem os domínios de produção e difusão de seu trabalho. Por conta disso, o artista vem se convertendo num exigente analista de sua própria obra, cada vez mais voltado para a pesquisa de campo (realizando viagens aos lugares onde reencontra as vivências da cultura popular), para a pesquisa de técnicas pictóricas (investindo na experimentação de materiais e suportes da imagem) e para a ampliação dos campos de informação (empenhando-se em cursos de formação artística e de estudos de idiomas). Esses procedimentos apontam para um artista que se propõe a ser um pensador de seu tempo e de sua obra, evidenciando um comprometimento com o papel que a arte desempenha na sociedade.

A autocrítica de A. Rosalino indica uma responsabilidade que se complementa com o prazer do ato criador, pois o artista percebe que sua obra se constitui como expressivo agente de comunicação. Sua voz criadora é uma entre outras, que divergem e interagem nos diversos espaços sociais. Como frisamos, A. Rosalino optou pelo diálogo, daí o apelo comunicativo de sua criação, que se multiplica em convites de viagens dirigidos aos espectadores.

O país natal é um símbolo cujas raízes geográficas e sociais são ampliadas pelo olhar do artista. As temáticas brasileiras, além dessa caracterização, se apresentam em A. Rosalino sobretudo como temáticas da vida, como desafios à inteligência e à sensibilidade humanas. Portanto, nada mais universal do que as imagens do país natal. Sob essa perspectiva, a obra do artista se apresenta e se doa aos espectadores num gesto amoroso de convivência, propondo um enigma sutil: que os convidados venham e admirem as imagens mas percebam, acima de tudo, que toda viagem implica um risco para quem deseja ter o conhecimento do mundo. Isto é, o país natal não está pronto, sua criação é constante. O artista iniciou a provocação, que os espectadores também se insinuem dentro das imagens, entregues ao exercício da inteligência e da sensibilidade.

Juiz de Fora, Minas Gerais - Junho de 1999

(*) Poeta, Dr. e professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Juiz de Co-autor de vários livros na área de antropologia da cultura popular. (**) Richard M. Morse, A volta de Macluhanaíma: cinco estudos solenes e uma brincadeira séria. São Paulo: Cia. das Letras, 1990, p. 36.

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A. Rosalino

A retomada de tradições

Folclore é uma palavra muito usada, mas pouco conhecida em seu mais profundo sentido, que engloba um saber autêntico expresso em festas, mitos, lendas, crendices, costumes, danças, superstições e diversas manifestações artísticas populares, como a pintura primitivista, gênero do qual A. Rosalino é um significativo expoente.

Os quadros do artista têm como principal tema a vida cotidiana do interior do Brasil, o folclore e tradições populares, que incluem variadas festas e folguedos. O projeto artístico do pintor é justamente registrar essas imagens como uma espécie de diário vivo de uma cultura ameaçada de extinção pela televisão, pela modernidade e pelo mundo cada vez mais globalizado.

Nascido em Belo Horizonte, em 12 de março de 1972, Alexandre Rosalino Silva, que assina suas telas como A. Rosalino, mudou-se, ainda menino, com a família, para São Roque, SP, cidade em que ele morou, estudou e conheceu o modo de vida de imigrantes italianos e japoneses. Esse diálogo com o passado teria estimulado o seu interesse pela busca das tradições de sua família, que mescla elementos urbanos e rurais.

A grande fonte inicial do artista foi o pai. Os primeiros desenhos de Rosalino buscaram justamente colocar no papel as histórias que ouvia dele sobre os antepassados da família, como a participação na tradicional festa do congado. A idéia inicial do pintor de transmitir esse legado aos filhos se ampliou, levando à criação de uma obra artística hoje reconhecida por críticos como como Lélia Coelho Frota, Mari’Stela Tristão e Morgam da Motta.

Basicamente um autodidata, Rosalino realizou alguns cursos na Escola Livre de Artes da Casa do Artista e do Artesão em São Roque, SP, com professores como a também autodidata Anésia; Gertrudes, graduada pela Faculdade de Belas Artes da USP; e José Luís Torres, pintor, desenhista e artista plástico. Amadurece assim o projeto artístico de mostrar as tradições dos avôs para que elas sejam conhecidas pelas novas gerações.

Em 1992, Rosalino retorna a Belo Horizonte para cuidar do pai, que sofria de uma doença terminal, e fica mais próximo de um de seus primeiros incentivadores, o primo, amigo e pintor Lindorico. Essa mescla de influência se amplia com uma viagem realizada à Bahia, momento em que fica fascinado pelo Pelourinho e sente o desejo irrefreável de levar aquelas cores e pessoas para as telas.

O cotidiano do interior mineiro é a grande fonte de informações de A. Rosalino. Núbia Magalhães e Edmílson Pereira, pesquisadores da área de cultura popular da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG, logo reconheceram esse talento de tomar cenas vinculadas à tradição e transformá-las em imagens poéticas.

A primeira coletiva ocorreu na Casa do Artista e do Artesão, em São Roque, SP, em 1989; e primeira individual, na Galeria da Caixa Econômica Federal de Belo Horizonte, em 1996. Hoje seus trabalhos podem ser encontrados com colecionadores da Grécia, Alemanha, Argentina, Inglaterra, França, EUA, Itália e Espanha, e em três importantes museus do Rio de Janeiro, o Museu Internacional de Arte Naïf, o Museu Nacional de Belas Artes e o da Funarte.

Ao contrário de alguns artistas primitivistas, que se isolam em seu mundo criativo, A. Rosalino está sempre em busca de novos desafios. Desenhista publicitário, formado em joalheria e web designer, estuda idiomas e busca conhecer obras de outros artistas, num constante processo de reflexão sobre o papel da arte e sobre a capacidade de seu trabalho colaborar para a preservação da memória popular.

Cenas de celebração religiosa, lazer e trabalho são os principais temas do artista, que mergulha no passado do interior mineiro, retirando dele cenas de ritos afro-brasileiros ou católicos, além de imagens de feiras populares. O resultado do conjunto da obra é justamente um recorte pictórico de temática bem brasileira. Em suas viagens pelo sertão nordestino e pelo interior da Bahia e norte de Minas Gerais, A. Rosalino aprendeu a conhecer a alma de um povo. Quadros como Arraiá do Piá ou Arraiá de Belo Horizonte ilustram justamente a forma como o artista enxerga as festas populares. Cores e alegria brotam espontaneamente, mostrando que aquilo que há de mais rico num povo é a sua capacidade de conservar suas tradições.

Quadros como Fé, Feira, Ladeira ou Seleção enfocam, respectivamente, festividades religiosas, feiras populares, o universo da capoeira e futebol, em cenas de forte apelo popular e repletos de tradições muitas vezes esquecidas. A. Rosalino as traz à tona com um traço bem definido, delicadeza, simplicidade e algumas cenas noturnas de grande plasticidade, principalmente as de festas que ocorrem no interior.

Estudar o folclore de um país significa conhecer melhor o que um povo diz, faz e sente. As telas de temas populares com estilo primitivista de A. Rosalino oferecem, portanto, um amplo campo sócio-cultural para conhecer e compreender a identidade cultural e social de um povo, transmitindo normas e valores ao longo dos séculos.

Ao exaltar festas e folguedos, A Rosalino apresenta significativas imagens que resgatam o passado. Utiliza a sua sensibilidade e talento para eternizar cenas populares, permitindo que brasileiros de diferentes regiões convivam mais com a diversidade e que estrangeiros conheçam melhor as nossas tradições.

Oscar D’Ambrosio é jornalista e autor de Os pincéis de Deus: vida e obra do pintor naïf Waldomiro de Deus (Editora Unesp). http://artcanal.com.br/oscardambrosio



PARTICIPOU DAS SEGUINTES MOSTRAS COLETIVAS NO BRASIL :

01. CASA DO ARTISTA E DO ARTESÃO, SÃO ROQUE - SP -1989
02. PRIMEIRO SALÃO BRASITAL DE EXPOSIÇÕES, SÃO ROQUE - SP -1990
03. CASA DO ARTISTA E DO ARTESÃO, SOROCABA - SP -1990
04. Iº MOSTRA DE ARTE DO COLÉGIO S. JOSÉ, SÃO ROQUE - SP -1990/91
05. PRAÇA DA REPÚBLICA, COMEM. DE 22 DE ABRIL, SÃO PAULO - SP -1991
06. ASSOCIAÇÃO NAC. DOS ARTISTAS PRIMITIVISTAS, BRASÍLIA - DF -1993/94
07. GALERIA DA PUC-MG, B. Hte - MG - 1994
08. PRAÇA DE EXPOSIÇÕES DE PORTO SEGURO - BA - 1995
09. ESPAÇO LIVRE, SHOPPING AVENIDA, PORTO SEGURO - BA - 1995
10. ART SHOPPING, B. Hte - MG - 1994/95
11. GALERIA RENATO DE ALMEIDA - CENTRO CULTURAL PRÓ-MÚSICA - JUIZ DE FORA - MG - 1995
12. GALERIA DE ARTE / SESC BELO HORIZONTE de 06/08 à 23/08/1996
13. CENTRO CULTURAL NHÔ-QUIM DRUMOND, CASARÃO, SETE LAGOAS - MG 1996
14. Iº CONGRESSO DE NUTRICIONISMO NO MINAS CENTRO, B. Hte - MG - 1996
15. CENTRO CULTURAL DA UFMG - RETROSPECTIVA DA PINTURA NOS 100 ANOS DE BELO HORIZONTE. MÓDULO, ARTE POPULAR ( Considerado aqui, entre os trinta e um artistas populares de B. Hte neste Iº centenário da capital mineira.) - 09/1996.
16. ESPAÇO CULTURAL “BAR DO DOCA” - de 19/12/96 a 21/01/97. B.Hte - MG
17. ESPAÇO CULTURAL ANGELA GOMES - de 22/10/97 a 22/11/97 Vila Velha - E.S.
18. GALERIA DE ARTE / SESC VENDA NOVA - de 09/01/98 à 31/01/98 B. Hte - MG
19. ESPAÇO CULTURAL RESTAURANTE VINHAS D´ALHOS - de 02/010/98 a 03/11/98 B.Hte - M.G.
20. GALERIA RENATO DE ALMEIDA - CENTRO CULTURAL PRÓ-MÚSICA - JUIZ DE FORA - MG - de 04/11/98 a 20/11/98
21. ESPAÇO DE ARTE LITTIG - VILA VELHA - E.S. de 10/12/98 à 31/12/98
22. ESPAÇÃO CULTURAL DO MERCADO DA LAGOINHA - BH - MG de 10/09/2000 à 10/10/2000.
23. ESPAÇO CULTURAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MG – BH –MG de 14/06/2000 à 30/06/2000
24. PALÁCIO DAS ARTES BH – MG – PRIMITIVOS E NAIFS, HOMENAGEM AO PINTOR ZIZI SAPATEIRO 19/12/2001 a 05/01/2001
25. II SALÃO DE ARTES DE SÃO GONÇALO – CASA DAS ARTES – 04/09/2003 A 04/10/2003 São Gonçalo/RJ
26. FÓRUM CULTURAL MUNDIAL – SÃO PAULO – 26/06/2004 A 04/07/2004 São Paulo/ SP

MOSTRAS INDIVIDUAIS NO BRASIL :

01. GALERIA DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL DE BELO HORIZONTE - MG - de 19/03/96 à 29/04/96. - com patrocínio de : Ind. de Bebidas Antarctica, Vinhos Maravilha, P&C, CEF, Sasor, Vimoldarte, Gráfica HE e Instituto Cultural Abrahan Lincoln.
02. GALERIA DE ARTE DOS CORREIOS - AG. GOIABEIRAS, VITÓRIA - ES - de 01/11/96 à 01/12/1996. - com patrocínio da SASOR.
03. ESPAÇO DE ARTE LITTIG - VILA VELHA - ES - de 05/11/96 à 30/11/1996. - com patrocínio da LITTIG Engenharia. ( Prorrogada até 03/01/97).
04. ESPAÇO CULTURAL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DE MINAS GERAIS - BELO HORIZONTE - MG - de 18/02/1997 a 07/03/1997. -com patrocínio de: P&Cia, Ind de Bebidas Antarctica e Minas em Festa.
05. ESPAÇO CULTURAL DO BANCO CENTRAL - Regional BELO HORIZONTE - M.G. de 06/05 a 30/05/97 (Durante o Fórum Internacional das Américas) - com patrocínio de: Vinhos Góes e SASOR
06. GALERIA DE ARTES DO SESC - BARRA MANSA - Estado do Rio de Janeiro de 07/08 a 31/08/97. - com patrocínio do SESC
07. ESPAÇO EXPOSITIVO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA ANTÔNIA - USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - São Paulo - Capital. De 13/08 a 14/09/97 -com patrocínio da Vinhos Maravilha e SIEMENS LTDA.
08. ESPAÇO DE ARTE CODESA - VITÓRIA - E.S. de 04/09 a 26/09/97 - com patrocínio da SASOR
09. MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES - MNBA - RIO DE JANEIRO - R.J. de 06/08/98 à 27/09/98 .( Prorrogada até 13/10/98) - com patrocínio da CONDUTO. - Apoio: RIO TUR, Vinhos Góes, Lidador
10. ESPAÇO CULTURAL DO BDMG - BELO HORIZONTE - MG de 25/08/98 à 02/09/98 - com patrocínio do BDMG
11. ESPAÇO CULTURAL DA LITTIG - VILA VELHA - E.S. - de 03/09/98 à 03/10/98.
12. COLÉGIO ANGLO SÃO ROQUE - SÃO ROQUE - S.P. de 20/11/98 à 27/11/98.
13. INSTITUTO DOS ADVOGADOS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - I.A.E.E.S. VITÓRIA - E.S. de 08/12/98 a 31/12/98.
14. GALERIA DE ARTES MESTRE ATHAÍDE - SESC /BH- B.Hte. de 09/01/99 a 31/01/99.
15. MUSEU DO FOLCLORE EDSON CARNEIRO FUNARTE , SAP - SALA DO ARTISTA POPULAR - Rio de Janeiro de 08/07/99 a 15/08/99.
16. BANCO CENTRAL DO BRASIL - Rio de Janeiro - R.J. de 04/10/2000 a 31/10/2000 .
17. GALERIA DE ARTE SESIMINAS/ CENTRO DE CULT. NASEN ARAUJO – Belo Horizonte, MG de 01/08/2001 até 22/08/2001.
18. GALERIA DE ARTE SESIMINAS – MARIANA/MG de 14/09/2001 a 30/09/2001
19. CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL – CCJF de 22/08/2002 a 22/09/2002
20. AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM (GALEÃO) – ESPAÇO CULTURAL I de 05/11/2002 a 02/12/2002 RJ/RJ.
21. CASA DE CULTURA ESTÁCIO DE SÁ – REBOUÇAS – de 16/06/2003 a 07/07/2003 RJ/RJ
22. CASA DAS ARTES - São Gonçalo – de 05/08/2003 a 30/08/2003 S.G/ RJ

MOSTRAS INTERNACIONAIS: COLETIVAS E INDIVIDUAIS
1. GALLERY NEW JERSEY - Pensilvânia - EUA 17/11/2000

PARTICIPAÇÕES:
* Corpo de Jurados da CEF, Festas Juninas, tradicional “JECA TATU” 13/06/96 - B.Hte
* Projeto Artes e Telas - do Hospital da Baleia em B.Hte MG - confecção de Cartões de natal 21/11/1996
* Corpo de Jurados da CEF, Festa Juninas, tradicional “JECA AZUL” 13/06/97 - B.Hte
* Edição da Revista Artes e Telas de 02/98 a 03/98 – Nac.
* Vídeo “A pintura é meu país”, relacionado a obra do artista e sua história de representação para o país. Com patrocínio da CONDUTO. 08/98
* Jornal Bom Dia Rio da Rede Globo de Televisão - Rio de Janeiro - 07/08/98.
* Programa de Domingo da Rede Manchete de Televisão - Rio de Janeiro - 06/09/98.
* Aulas de esclarecimento e difusão sobre a Cultura Popular Brasileira em escolas de 1º Graus de Espaço Aberto - Niterói - R.J.
* Iº Feira de Artes e Tradições Populares de Rio Bonito - R.J. 29/08/98.
* Aulas de esclarecimento e difusão sobre a Cultura Popular Brasileira para escolas de 1º e 2º Graus durante a mostra do Museu Edison Carneiro de julho a agosto de 1999.
* Capa do Livro “O Senadinho” de Ryoke Inoe, renomado escritor presente no livro dos Records – Campos do Jordão – SP – 2000.
Membro da Associação Fluminense de Belas Artes – Niterói – 2001
Curso Livre de Folclore e Cultura Popular CNFCP/UERJ – Rio de Janeiro – 2001 e 2002
* Capa do livro Literatura, Linguagem e Produção Textual. Ed. Saraiva S/A Livreiros Editores – Brasil – 2004
* Fórum Cultural Mundial, seminário cultural. 2004.
Possue obras em coleções presentes em vários países como: Grécia, Alemanha, Argentina, Inglaterra, França, E.U.A., Itália, Espanha, Portugal, Austrália, entre outros.

ESTÁGIOS
- Museu da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, restauro da cúpula central do Museu.
- Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular CNFCP/IPHAN, setor de pesquisa em arte popular.

CITAÇÕES
- Livro: “ Um Século de História das Artes Plásticas em Belo Horizonte”.
- Programa de Domingo da Rede Manchete de Televisão - Rio de Janeiro - 06/09/98. Artista Plástico difusor da arte Popular Brasileira
- Livro “O Senadinho” de Ryoke Inoe, renomado escritos presente no livro dos Records – Campos do Jordão – SP – 2000.
- Aceito como membro Artista Plástico do Museu Internacional de Arte Naif – 11/01/2001 O Maior e mais completo Museu de Internacional de Arte Naif do mundo – Rio de Janeiro – RJ Brasil.
- TELEMAR Série Arte Popular – o artista teve dez de suas obras de arte estampadas em cartões Telefônicos da empresa de telefônia no estado de MG. Tiragem de 1.400 mil cópias em todo o estado de MG.
- Editora SARAIVA, ilustração de capa 2004.

SEUS TRABALHOS FAZEM PARTE DOS SEGUINTES ACERVOS:
- LITTIG - VILA VELHA E.S
- GALERIA DE ARTES DOS CORREIOS, MAGABEIRAS - VITÓRIA E.S.
- CODESA - VITÓRIA E.S
- TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DE MINAS GERAIS - BELO HORIZONTE M.G.
- CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA ANTÔNIA - USP - SÃO PAULO.
- GALERIA DE ARTES DO SESC BARRA MANSA - BARRA MANSA R.J.
- BDMG CULTURAL - BDMG, BELO HORIZONTE - M.G.
- MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES - MNBA, RIO DE JANEIRO R.J.
- INSTITUTO DOS ADVOGADOS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - IAEES - VITÓRIA E.S.
- CENTRO NACIONAL DE CULTURA E FOLCLORE POPULAR - MUSEU EDISON CARNEIRO - SAP - FUNARTE - RIO DE JANEIRO R.J.
- MIAN - MUSEU INTERNACIONAL DE ARTE NAIF DO BRASIL – RIO DE JANEIRO R.J.
- CENTRO DE CULTURA NANSEN ARAUJO – SESI MINAS BELO HORIZONTE/ MG
- SESI MINAS MARIANA - MG
- AEROPORTO INTERNACIONAL TOM JOBIM ( GALEÃO) - RJ/RJ


e-mail:sasor@uol.com.br
site oficial: www.arosalino.com
galeria virtual: www.loja.arosalino.com





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