Dan Brown "Vivo ou Morto"


Cena do filme que querem proibir


De Nova Déli chega a notícia de que o Fórum Social Católico da Índia convocou uma greve de fome por tempo indeterminado a partir de sexta-feira, em protesto contra a estréia do filme "Código da Vinci".

Hoje em Mumbai, Bombaim, o fórum iniciou uma "cruzada de orações" no Convento de Cannosa.

Indo além da greve e das orações, Nicholas Almeida, membro do fórum ofereceu uma recompensa de quase 25 mil dólares americanos "a quem trouxer Dan Brown morto ou vivo". A notícia foi publicada hoje no jornal Hindustan Times.

Para o Fórum, o livro do norte-americano Dan Brown, O Codigo da Vinci, sucesso de venda mundial, mais de 40 milhões de exemplares vendidos, origem do filme, é uma obra "anti-cristã".

O secretário-geral do Fórum Social Católico, Joseph Dias, declarou : "pedimos a todos que sejam cuidadosos quando lerem o livro. O impacto do filme é muito maior. Haverá uma lavagem cerebral em massa se o filme for exibido na Índia".

Enquanto no exterior, organizações religiosas como o Forum e outras se manifestam contra o livro e o filme, aqui, deputado do PSB de São Paulo entrou na Justiça para proibir a exibição de O código Da Vinci.

Na Índia a distribuidora do filme, a Sony Pictures manteve a data da estréia. Sexta-feira, 19, a mesma prevista para o Brasil.

Esperemos que os cinemas nacionais não sigam o lamentável exemplo do Banco do Brasil que censurou e cancelou a exposição Erótica, programada para Brasília e deixem de exibir O Código da Vinci.

No passado, muitos filmes vetados, boicotados por entidades religiosas foram acatados pelo Vaticano.

Pasolini, execrado por essas organizações, e provavelmente morto por encomenda, foi premiado pela Santa Madre Igreja. Portanto, devagar com o andor. O santo é de barro.

No caso de O código Da Vinci, essa possibilidade não existe. O Vaticano já se manifestou. É contra o livro e contra o filme. Se pudesse levar Dan Brown à fogueira, não deixaria de fazê-lo. Simplesmente o queimaria e jogaria as cinzas fora.

São Paulo, 10 de maio de 2006 13H50’ Carlos von Schmidt